quinta-feira, julho 27, 2006

web 2.1

No mundinho lindo que Darwins e Hawkings nos ensinam a enxergar descobertas, não nesse superficial dado por Deus que muitos notam, veja que toda informação se relaciona entre si. Tudo é um conceito abstrato de rede, da cadeia alimentar à organização sistemica do corpo. Um sistema é um conjunto de subsistemas independentes, mas que por interagirem entre si criam algo maior. As partes mais a relação entre elas é muito maior que todas as partes somadas.

Nossa história tem início nos pensamentos de Alan Kay, um dos pais da linguagem Smalltalk e do conceito de programação orientada a objetos que lhe valeu o Turing Award em 2003. A idéia é genial, construir sistemas de informação adaptativos, modularizada e baseada na analogia biológica.

Mercados, empresas e portanto profissionais começaram a perceber que para a economia a única coisa certa é a mudança, e a chave para a sobrevivência nos atuais ambientes caóticos de negócios é a capacidade de rápida adaptação, e os sistemas de informação que ditam as técnicas dos softwares tem que acompanhar essas mudanças.

Ainda há aqueles que deveriam se preocupar em não perceber que vivem na cibercultura, consequência da globalização e da forma como o uso do ciberespaço afeta nossas vidas. Tudo muda, tudo sempre mudou, como gênios de Einstein à Nietzsche enchergaram.

Nietzsche concebe o corpo como uma unidade organizada de relações complexas de aliança e oposição entre células, tecidos, órgãos e sistemas. Elege o corpo como fio condutor e ponto de partida para uma nova concepção de subjetividade, nesse sentido, está à multiplicidade com um só sentido. Mas é preciso entender a vida como jogo; o jogo se faz e refaz em guerra e paz, no que ainda não é, e no que já é, uma permanente luta. Onde as forças não se anulam, mas se superam. A Luta quem garante a permanência da mudança. Tudo é um eterno vir-a-ser constante.

A linguagem humana exige a presença de um sujeito: eu escrevo; vocês lêem; vocês criticam. Não possui recursos para definir ou conceituar o fluxo, o movimento. Não permite a visão sistêmica da informação, como a linguagens orientada a objetos utilizada nos softwares.

Eis aí uma grande mérito aos verdadeiros desenvolvedores de software desse paradigma: abstração.

Explicam-se rapidamente. Alguns conceitos da web 2.0 existem a pouco tempo, isso é verdade, mas por limitação cognitiva a maioria encara a tecnologia como motivo de lucro.

Realmente, talvez a grande sacada seja simplesmente da tecnologia, vivemos na cibercultura e parece que só agora despertamos para este mundo, estamos a descobrir a nossa voz, a falar e a ser ouvidos. Antes dependentes da não-interação entre as mídias tradicionais um-todos, padre-ouvintes, televisão-ouvintes agora todos podemos interagir com a mídia, que é a mensagem, falamos e escrevemos.

Inteligência colaborativa, democracia direta e descentralização da informação são alguns dos conceitos que começaram a ganhar destaque apoiadas sobre as idéias tecno-sociais como a do movimento do Software Livre, Creative Commons, Copyleft, que influenciam diretamente em nossa sociedade.

Podemos, a partir de agora, nos organizar de tal forma a exercer a democracia direta, e não a atual democracia representativa do falido Estado. Sistemas de informação, como as redes sociais que organizam nossas idéias de grupo, a inteligência coletiva fruto da cibercultura poderá ser algo de muito importante para a humanidade em escala planetária.

Potencializamos nossas necessidades primárias, compartilhamos informação por redes P2P, aceleramos nossos contatos sociais, consumimos mais informação em 1 ano que a maioria dos humanos na década de 30 - em toda sua experiência de vida. Potencializamos a vida, afetamos o tempo.

Planetários, estes somos nós.

quarta-feira, julho 26, 2006

Comunidades Virtuais x Grupos Sociais


Há relação? Se não há, pode haver ou ser criada.

Década zero do século XXI e é progressivo o número de pessoas que acessam o ciberespaço e portanto cada vez mais intenso a troca de informações entre essas consciencias. Informações provindas da ciencia, filosofia, religião, mitologia, e nossa meta-informação (informação sobre a informação) a então criada cibercultura, através do poder computacional (proveniente da evolução da técnica humana) possibilita novas formas de interações sociais entre nós, planetários frutos da globalização. Nós não nos comunicamos só pela modelagem do som em informação semântica - a voz.

Nesses primórdios de ciberespaço, onde conhecemos - ou somos influenciados - pelos benefícios (mesmo?) de tal interação, começamos a enxergar que o poder economico proveniente de nossas atitudes em grupo e motivo do nosso sistema social que preza o capital, e move a aceleração de uma técnica, pode ser influenciado pela organização de nossos comportamentos. Na Europa é comum um colega comentar com outro: "Não compre tal produto pois ele não preza tal coisa que gostariamos que prezasse." a ponto do fabricante realmente ser afetado pelos boicotes, dai é mudar ou morrer.

Podemos criar, com essas mesmas tecnologias que emergem com as grandes Corporações (Microsoft, Google, Apple, Sun...), formas de nos organizar, de tal forma a exercer a democracia direta, e não a atual democracia representativa do falido estado que dita as regras do capital (bancos e banqueiros!) sem prezar o social, defendidos pelas forças armadas e um tal poder legislativo que lucra com a defesa das regras extendidas sobre os cidadãos como um todo. Abra os olhos contra luz, perceba a verdadeira atuação do governo do estado, nacional, estadual e municipal. Juntos pela organização das idéias de grupo, a inteligência coletiva fruto da cibercultura poderá ser algo de muito útil para a consciencia e direção da humanidade.


Grupos sociais: cidadãos de uma região, consumidores de um produto, trabalhadores de uma área, estudantes de um conhecimento...